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Amamentação e Anticoncepção  
Amamentação e Anticoncepção  

Uma das dúvidas mais comuns entre as mamães no pós-parto é em relação ao melhor método anticoncepcional para a fase da amamentação. A escolha deve ser feita pelo médico em conjunto com a paciente conforme o seu histórico de saúde. Comentarei aqui os principais métodos que podem ser utilizados, sendo considerados os mais seguros tanto para o bebê quanto para a mulher que deseja prevenir-se:

  1. Anticoncepcional oral  especial

O método mais utilizado pelas mulheres em épocas normais, ganha uma nova versão neste período especial em que estiver amamentando. Trata-se da pílula anticoncepcional oral ou  injetável composta apenas por progesterona. Em média, este método deve ser iniciado 30 dias após o parto e permanecer até quando o bebê mame apenas 1 ou 2 vezes ao dia. Sua continuidade após este período deve ser avaliada individualmente.

Importante destacar que Organização Mundial de Saúde (OMS) não recomenda a utilização de pílulas convencionais (com estrogênio) nos seis primeiros meses após o nascimento do bebê.

  1. Implante subcutâneo

O implante consiste na colocação subcutânea (abaixo da pele), no braço, de um pequeno bastão de silicone que libera o hormônio etonogestrel, um derivado da progesterona. A quantidade liberada no organismo é pequena, mas suficiente para impedir a liberação do óvulo pelo ovário. Este método oferece um dos mais altos índices de proteção para não gestar, podendo permanecer por até 3 anos ou ser retirado a qualquer momento . Saiba mais sobre este método clicando aqui.

  1. DIU de cobre ou DIU medicado (hormônio- levonorgestrel)

O DIU (dispositivo intrauterino) tem a forma de um T e é inserido dentro do útero no consultório do ginecologista cerca de 6 semanas após o parto. Funciona impedindo que os espermatozoides cheguem às trompas uterinas, onde acontece a fecundação. O DIU hormonal leva à atrofia do tecido interno do útero levando à diminuição importante do sangramento vaginal na maioria da usuárias.  A escolha do tipo de DIU deve ser adequada ao histórico de saúde e desejo de cada mulher. Ambos são um método eficiente e duradouro, podendo ser retirados a qualquer momento, além de não interferirem na fertilidade da mulher. A durabilidade do DIU hormonal é de 5 anos e o de cobre entre 5 e 10 anos, conforme o modelo utilizado.

  1. Preservativo

O uso de camisinha (condom), masculina ou feminina, é uma boa alternativa para mulheres que não querem utilizar hormônios. Importante lembrar que este é o único método que protege contra infecção por HIV (AIDS) e outras doenças sexualmente transmissíveis (DSTs). A camisinha deve utilizada durante todo ato sexual.  No período da amamentação naturalmente ocorre ressecamento vaginal, sendo importante o uso de lubrificantes a base de água nas relações sexuais. Em alguns casos será necessário uso de cremes específicos na região vulvar para diminuir o desconforto causado pela atrofia da mucosa, própria do período da amamentação.

  1. Diafragma Vaginal

O diafragma vaginal é um método contraceptivo sem hormônios. Este dispositivo é um anel flexível envolvido por uma borracha fina que está disponível em diversos tamanhos a serem escolhidos conforme características individuais de cada mulher. Para saber a medida é necessário exame físico ginecológico e uso de anéis medidores.

E os métodos naturais?

Nesta fase, a própria amamentação pode ser considerada um método anticonceptivo natural porque produz na mulher o hormônio prolactina, que inibe a ovulação. Tendo em vista a irregularidade do ciclo menstrual, haverá dificuldade para utilização dos métodos de  tabelinha e controle de temperatura. Porém, nenhum desses métodos são indicados por serem pouco eficazes, aumentando as chances de ocasionar uma gravidez indesejada.

Sempre converse com seu médico ginecologista para adequar o melhor método às suas necessidades.